Minha empresa faz história: Bianchet Joalheria

Em dezembro de 1989, um ano e meio após Campo Verde ter sido emancipada, o empresário Moacir Bianchet, paranaense de Santa Helena, instalava sua empresa de fabricação de joias em ouro, conserto e vendas de relógios em uma pequena casa na Rua João Pessoa, nas proximidades da Praça São João Paulo II, que à época estava em fase final de construção.

Campo Verde não passava de uma pequena cidade, encravada no meio do cerrado mato-grossense, na junção das rodovias BR-070 e MT140. Contava à época com cerca de 5 mil moradores, mas já despontava como uma das mais promissoras de Mato Grosso.

Passados 33 anos, Moacir Bianchet lembra que quando decidiu mudar-se de Santa Helena, onde trabalhava com o irmão Otacílio, com quem aprendeu o ofício de ourives e de relojoeiro aos 12 anos, pensava em se fixar nas cidades de Primavera do Leste ou de Campo Verde.

“Quando cheguei aqui a primeira pessoa que encontrei foi o então prefeito Onescimo Prati, a quem eu já conhecia desde Santa Helena. Quando falei meus planos ele disse: ‘Você vai ficar aqui, estamos precisando de pessoas como você’. Foi Onescimo quem me levou até o Nelson Balsan, de quem eu comprei minha primeira casa”, lembra o empresário, que também é optometrista desde 2005.

Durante seis meses, a empresa de Bianchet funcionou em sua casa. Depois, ele a transferiu para um espaço maior, na Avenida Brasil. Com a cidade crescendo de forma exponencial, o empresário decidiu investir mais uma vez e comprou o terreno onde está a loja atualmente, na esquina da Avenida Brasil com a Rua Recife, no centro de Campo Verde.

“A região ainda era pouco habitada. Não havia nenhum comércio, apenas umas poucas casas e as pessoas brincavam: ‘você está louco, comprou terreno fora da cidade”, recorda Bianchet. Hoje a região é uma das mais valorizados de Campo Verde.

O tempo passou, a cidade cresceu, a Bianchet Joalheria também. Mas nem tudo foram flores para o empresário. Por sete vezes ele foi vítima de assalto, em uma delas os assaltantes levaram quase todo seu estoque.

Mesmo assim, ele garante que valeu a pena e hoje, com a loja funcionando em um espaço de 120 metros quadrados, ele entende que a cidade vive um bom momento, porém, ele observa que é preciso diversificar a economia local, é preciso atrair mais indústrias para o município, porque apenas o comércio e o agro não são suficientes para absorver toda a mão de obra existente.

Vida Pública

Pioneiro e inteiramente integrado à vida social da cidade, sendo conhecido por todos os moradores, Moacir Bianchet também deu sua parcela de contribuição nas questões administrativas e econômicas da cidade.

Entre 1997 e 2000, atendendo a um convite do então prefeito Onescimo Prati, Bianchet ocupou o cargo de secretário municipal de finanças. Mas não gostou muito da experiência. “Não é pra mim”, reconhece.

Ele também contribuiu com a Associação Comercial e Empresarial de Campo Verde, tendo sido seu primeiro presidente e ocupado o cargo entre 1995 e 1996. Hoje, com a empresa consolidada, Moacir planeja abrir seu consultório de optometria, ao lado da loja de joias e relógios e se dedicar mais à profissão de optometrista, que foi recentemente reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal.